29 de setembro de 2013

Roupa e loiça lavadinhas! - post actualizado

Ora bem, como prometido no outro dia, vou partilhar convosco algumas dicas ecológicas e poupadinhas. Hoje falo de limpeza da roupa e da loiça.

Sabão.

Sim, sabão. Azul e branco, rosa e branco, clarim, caseiro (este ainda vou fazer). É tão simples como isso.
Eu explico.

Para lavar a loiça à mão, basta esfregar um pouco de sabão na esponja e lavar a loiça. Claro que temos de esfregar a esponja várias vezes, mas lava que é uma maravilha.
No caso de ter loiça com comida incrustada, deixo de molho com um bocadinho de vinagre.
Também dissolvi um pouco de sabão ralado em água para aquelas situações em que preciso de sabão líquido (deixar loiça de molho, etc).

Para a roupa eu já usava sabão para fazer o pré-tratamento de certas nódoas (fruta, chocolate, cocós, etc). Há muito que deixei de usar aqueles aditivos à base de peróxido, quer para antes, quer para durante a lavagem na máquina (ainda cá tenho meio frasco de gel...). Grande parte das nódoas apenas precisa de ficar de molho em água. Uma esfregadela com sabão e máquina com ela!

Entretanto, nas minhas pesquisas em busca de detergentes caseiros para lavar a roupa na máquina, encontrei várias receitas: líquidos, pós, todas envolviam adicionar sabão ralado a borato de sódio e carbonato de sódio. Algumas mais trabalhosas que outras. E eu pensava que devia haver algo mais simples. E há.

Sabão picado na 1,2,3, pode ficar mais ou menos fino.
N'A Horta Encantada encontrei a ideia simples: sabão ralado ou em flocos. Pego no sabão, corto em pedaços e ponho na picadora. Pico até ficar um granulado mais ou menos fino. Também se pode ralar à mão num ralador de cozinha (é melhor usar o mais fino). Andei a experimentar e cheguei à conclusão de que, para a roupa pouco suja, em água fria ou a 30ºC, bastam 30ml (usei uma medida de outro detergente) deitados com a roupa no tambor da máquina. Para roupa mais suja usei 50ml, já com mais temperatura. A roupa sai limpa, apenas com um ligeiro aroma a sabão, que desaparece quando seca. Para mim é óptimo, já que prefiro sempre detergentes sem cheiro.
Em vez de amaciador, ponho vinagre no compartimento específico. Mais uma vez, não usava amaciador para dar perfume à roupa, mas sim para ser mais fácil de passar a ferro. Com o vinagre fico com o mesmo efeito. A roupa não fica a cheirar a vinagre ou, se ficar (com certos tecidos), o cheiro desaparece depois de seca.
O sabão (especialmente se for natural) é ainda a melhor escolha para bebés e pessoas com peles sensíveis. Sem perfumes e outras substâncias alergénicas.

Também na máquina de lavar loiça dá para usar o sabão ralado. Uma dose menor, 10ml, usando o sal da máquina e vinagre no compartimento do abrilhantador. Ainda tentei vários detergentes, à base de sabão, vinagre e sumo de limão, mas ficava sempre a loiça ou mal lavada ou com uma camada de pó branco. Por isso, foi com algum cepticismo que testei o sabão, mas a verdade é que funciona! Lava tão bem como outro detergente normal.


Actualização (30/10/2018)

Neste momento já não uso sabão ralado nas máquinas de lavar. A eficácia revelou-se fraca. Chamaram-me a atenção para o facto de as máquinas actuais não funcionarem bem com sabão em barra e para bem da máquina e da roupa/loiça, voltei a usar os detergentes próprios.

20 de setembro de 2013

Momentos que me derretem #3

Na televisão, estava a dar um spot de princesas, que termina com "Eu sou uma princesa, e tu?"
O Xavier responde simplesmente e tão suavemente.
"Um príncipe."
És mesmo :)

16 de setembro de 2013

Momentos que me derretem #2

Quando vou buscar a pequena à creche e a vejo feliz a correr e a rir com as outras crianças. Tão bom!

E depois corre para mim e dá-me um abraço :)

14 de setembro de 2013

A Júlia e os primeiros dias na creche

Ao fim de duas semanas, eu e a Júlia sobrevivemos à entrada na creche.

Foram 20 meses de estreita convivência. Acho que nunca nos tínhamos separado por mais de duas ou três horas. Unidas sempre. Era de tal modo que ela não suportava separar-se de mim, mesmo que ficasse com o pai, ou uma das avós, ou as duas. Chorava desalmadamente, desconsoladamente, desesperadamente. E eu pensava como seria para a pôr na creche. E depois lembrava-me que às vezes as crianças nos surpreendem.

Estava na hora de seguir em frente. Ela dava sinais de querer estar com outras crianças da sua idade, aprender coisas novas, ter experiências diferentes.
E eu preciso de ter algum tempo para organizar a casa, organizar as coisas, organizar-me. Arranjar emprego. Tempo para mim também, redescobrir que para além de ser mãe, e esposa, e dona de casa, ainda cá estou eu. E tenho andado tão escondida, tão encafuada debaixo dos meus outros papéis, como uma camisola na pilha de roupa para passar que não é precisa para já e vai ficando para depois, a tal ponto que quase nos esquecemos que ela existe. Acho que já quase me esqueci de quem eu sou...

A separação foi difícil. No primeiro dia ela começou logo com o "não, não, não", mas a educadora pegou nela e levou-a a ver uns desenhos na parede, depois as outras crianças, e eu escondi-me, para não a distrair. E ela ficou. E eu voltei para casa. No curto trajecto que fiz a pé, senti aquele nó na garganta e as lágrimas nos olhos, mas respirei fundo e lembrei-me que ela estava bem e que eu ia ficar bem.
Liguei à hora do almoço, e disseram-me que dormia e estava bem. Quando a fui buscar, veio a chorar e agarrou-se a mim como uma lapa! Tinha chorado durante o dia, disseram-me, mas não ininterruptamente, e não desalmadamente. E tinha dormido. E tinha comido.
No dia seguinte chorou, no que veio a seguir chorou, mas sempre menos.

Segunda semana e a Júlia não chorou na segunda-feira. Mostrou curiosidade e interesse, foi ao colo das auxiliares, muito séria, mas sem chorar. E cada vez mais serena, mais segura. De vez em quando chora quando a levo, mas depressa se acalma. Só chora quando a vou buscar, como se se lembrasse que tinha saudades.

Eu vou pondo ordem na minha vida. Às vezes, a seguir ao almoço ainda dou por mim a pensar se aquele barulho não seria a pequena a acordar da sesta... não, não é, ela está na creche! Hábitos antigos...

A Júlia tem andado bem. Por vezes (muitas vezes) quando acorda de noite quer dormir comigo, e eu trago-a para a minha cama. Às vezes pede-me de mamar quando volta para casa, ou a qualquer altura. E eu dou. De resto, está tudo como sempre. Corre por todo o lado, brinca comigo e com o irmão, começa a dizer mais palavras, está cada vez mais espevitada. Ainda mais.

Sinto que foi a altura certa. Cada vez mais me convenço de que as crianças têm todas o seu tempo, a altura certa para cada etapa. Se respeitarmos esse tempo, é tudo mais fácil e simples. As coisas fluem melhor e tudo corre mais naturalmente. Fico feliz por poder fazer as coisas deste modo.

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